Por Daniel Trotta
HAVANA (Reuters) - Autoridades cubanas e norte-americanas assinaram um acordo nesta terça-feira para restabelecer os serviços aéreos entre os dois países após meio século, estabelecendo uma competição entre as companhias aéreas dos Estados Unidos pelas melhores rotas para a ilha caribenha.
A cerimônia de assinatura em Havana formalizou o que as autoridades haviam anunciado em dezembro: que os dois ex-rivais da Guerra Fria acrescentariam voos comerciais regulares aos voos fretados já existentes.
"Hoje é um dia histórico... sinalizando que pela primeira vez em mais de cinco décadas os Estados Unidos e Cuba permitirão o serviço de voos regulares entre as duas nações", disse o secretário de Transportes dos EUA, Anthony Foxx, na cerimônia.
As viagens de norte-americanos para Cuba, tanto as autorizadas quanto as clandestinas, dispararam desde que o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente cubano, Raúl Castro, concordaram em iniciar a normalização das relações bilaterais em dezembro de 2014.
Pouco depois da assinatura do acordo, a JetBlue Airways, a American Airlines e a United Airlines divulgaram comunicados separados expressando interesse nas rotas para Cuba. A expectativa é que a maior competição seja pelos voos entre cidades norte-americanas e Havana, a capital cubana.
O acordo, que as autoridades classificaram como um memorando de entendimento, também permite voos para os outros nove aeroportos de Cuba.