Por Stephen Jewkes
BOLONHA (Reuters) - As diferenças entre os Estados Unidos e outras economias importantes sobre as mudanças climáticas permanecem amplas e não devem diminuir, disseram neste domingo os ministros do Meio Ambiente do G7.
O grupo de sete ministros do Meio Ambiente e outras autoridades estão se reunindo em Bolonha neste domingo e na segunda-feira para discutir questões variando desde mudanças climáticas até o desenvolvimento sustentável e lixo nos oceanos.
Mas neste mês o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que irá retirar os EUA do Acordo de Paris, atraindo críticas de outros líderes mundiais.
“As posições sobre o Acordo de Paris estão muito distantes... e permanecerão assim”, disse o Ministro do Meio Ambiente da Itália, Luca Galletti, nos bastidores da reunião.
A Itália detém a presidência do G7 em 2017.
A chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, disseram que o Acordo de Paris não pode ser renegociado, pedindo que seus aliados acelerem os esforços para combater o aquecimento global.
A ministra alemã do Meio Ambiente, Barbara Hendricks, disse que todos os sete países concordaram com a necessidade de agir, mas havia decepção sobre a decisão dos EUA de deixar o Acordo de Paris.
“Haverá um comunicado final amanhã que vai diferenciar as opiniões”, disse ela, sem dar detalhes.
Trump disse que o Acordo de Paris prejudicaria a economia norte-americana, custaria empregos e colocaria o país em desvantagem permanente ante seus competidores.