Por Ted Hesson e Frank Jack Daniel
WASHINGTON/CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Os Estados Unidos e o México concordaram em limitar as viagens não essenciais na fronteira comum na tentativa de conter a disseminação do novo coronavírus, disse o presidente norte-americano, Donald Trump, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca nesta sexta-feira.
Trump também anunciou que seu governo invocará um estatuto voltado para a saúde para impedir que imigrantes de qualquer uma das fronteiras entrem nos EUA ilegalmente, dizendo que a imigração ilegal ameaça "criar uma tempestade perfeita" quando combinada ao vírus.
As medidas de viagens "não essenciais" restringirão o turismo na fronteira, e as medidas contra a imigração ilegal permitirão aos EUA devolver imigrantes centro-americanos e mexicanos que prender rapidamente, disse o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, na Cidade do México.
Ebrard disse que acertou com contrapartes norte-americanas que viagens médicas, de comércio e trabalho não serão restringidas na divisa, comentários ecoados pelo secretário de Segurança Interna interino Chad Wolf na Fox News.
Cerca de 3 milhões de veículos pessoais cruzaram legalmente a cada mês de 2019 entre San Diego, na Califórnia, e a cidade mexicana fronteiriça de Tijuana, de acordo com dados do Departamento dos Transportes dos EUA.
Uma autoridade dos EUA disse que as restrições não impactarão as remessas ferroviárias ou rodoviárias que atravessam a fronteira.
Até o momento, os EUA têm muito mais casos confirmados e mortes causadas pelo coronavírus do que o México.
(Reportagem adicional de Raul Cortes na Cidade do México)