Por Brian Ellsworth
(Reuters) - Os Estados Unidos e o México disseram nesta segunda-feira que buscarão apoio da Organização das Nações Unidas para uma missão de segurança para restaurar a ordem no Haiti em meio ao agravamento da crise humanitária, mas não identificaram quem lideraria a missão.
O Haiti está enfrentando uma terrível escassez de bens básicos e uma paralisação da atividade econômica devido ao bloqueio de um terminal de combustível por gangues, o que interrompeu o transporte e deixou muitos sem comida ou água potável em meio a um surto de cólera.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, sugeriu no início deste mês o envio de uma "força de ação rápida", de acordo com uma carta vista pela Reuters.
Linda Thomas-Greenfield, representante dos EUA nas Nações Unidas, disse durante uma reunião do Conselho de Segurança nesta segunda-feira que a resolução proporia uma "missão não-ONU cuidadosamente planejada liderada por um país parceiro com a experiência profunda e necessária para que tal esforço seja eficaz."
O Conselho de Segurança está considerando separadamente um regime de sanções para impor um congelamento de bens, proibição de viagens e embargo de armas a qualquer pessoa que ameace a paz no Haiti, de acordo com um esboço de resolução visto pela Reuters na quinta-feira.
Uma missão de paz da ONU conhecida como Minustah, que operou no Haiti entre 2004 e 2017, enfrentou duras críticas por problemas, incluindo seu papel em um surto de cólera em 2010.