Por Nate Raymond e David Shepardson
BOSTON (Reuters) - Um pai e um filho norte-americanos acusados de ajudarem Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan Motor (T:7201) a fugir do Japão foram entregues nesta segunda-feira às autoridades japonesas para serem extraditados dos Estados Unidos, disse uma fonte familiarizada com o assunto.
No mês passado, a Suprema Corte dos EUA liberou a extradição de Michael Taylor, um veterano das Forças Especiais do Exército norte-americano, e seu filho, Peter Taylor, que são acusados de ajudar Ghosn a fugir do Japão, onde este aguardava um julgamento relacionado a acusações financeiras.
Os Taylor, que estão presos desde maio, foram entregues às autoridades japonesas na manhã desta segunda-feira, de acordo com a fonte.
O advogado de defesa Paul Kelly não respondeu a um pedido de comentário, mas disse à Associated Press que os homens tinham sido entregues para extradição. O Departamento de Justiça dos EUA não quis comentar.
No ano passado, eles foram acusados de auxiliar a fuga de Ghosn no dia 29 de dezembro de 2019, quando ele foi escondido em uma caixa a bordo de um jato particular que partiu rumo ao Líbano, país em que ele passou a infância e não tem tratado de extradição com o Japão.
Ghosn é acusado de se envolver em delitos financeiros, inclusive informar uma remuneração menor em declarações financeiras da Nissan, mas nega qualquer irregularidade.
Procuradores disseram que Taylor pai, especialista de segurança particular de 60 anos, e Peter Taylor, de 27 anos, receberam 1,3 milhão de dólares pelo serviço.
(Por Nate Raymond)