Por Raul Cortes
(Reuters) - O Departamento de Estado dos Estados Unidos adicionou cerca de 40 pessoas de El Salvador, Honduras, Guatemala e Nicarágua, incluindo ex-presidentes e juízes, a uma lista publicada na quarta-feira de "agentes corruptos e antidemocráticos".
Dois ex-presidentes salvadorenhos -- Mauricio Funes, que governou de 2009 a 2014, e seu sucessor Salvador Sánchez, que Washington relaciona com corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas -- foram adicionados à lista.
Funes e Sánchez, que enfrentaram processos judiciais em El Salvador, agora vivem na Nicarágua e não podem ser extraditados depois de receberem cidadania do governo do presidente Daniel Ortega.
“A corrupção, uma das principais causas da migração irregular, prejudica nossa segurança nacional”, disse Brian Nichols, secretário adjunto de Estado para assuntos do Hemisfério Ocidental, ao apresentar o relatório.
Os alvos guatemaltecos incluem Fredy Orellana, o juiz que ordenou a suspensão de um partido anticorrupção depois que seu candidato presidencial, Bernardo Arevalo, obteve votos suficientes para participar do segundo turno presidencial em 20 de agosto.
A chamada lista de Engel também inclui juízes e promotores acusados de perseguir jornalistas na Guatemala.
Enquanto isso, o governo da Guatemala rejeitou as acusações na quarta-feira, rotulando o relatório "usado pelos Estados Unidos para impor sua jurisdição a pessoas no exterior" como desprezível.
(Reportagem de Raul Cortés na Cidade do México, Sofia Menchu na Cidade da Guatemala, Gustavo Palencia em Tegucigalpa e Nelson Renteria em San Salvador)