Por Phil Stewart
VILNIUS (Reuters) - Apesar de intensa oposição da Turquia, aliada na Otan, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou fornecimento de armas para combatentes curdos da milícia YPG para apoiar uma operação de retomada da cidade síria de Raqqa do Estado Islâmico, disseram nesta terça-feira autoridades dos EUA.
Ancara vê o papel da milícia curda YPG dentro de uma maior coalizão apoiada pelos EUA como uma extensão síria do grupo militante curdo PKK, que tem conduzido uma insurgência no sudeste da Turquia desde 1984.
Não houve reação imediata da Turquia, cujo presidente, Tayyip Erdogan, deve se encontrar com Trump ainda neste mês.
O Pentágono imediatamente buscou destacar que vê o armamento das forças curdas “como necessário para garantir uma vitória clara” em Raqqa, capital de facto do Estado Islâmico na Síria e um centro para planejamento dos ataques do grupo contra o Ocidente.
“Estamos muito cientes das preocupações de segurança de nosso parceiro de coalizão Turquia”, disse a porta-voz do Pentágono Dana White, em comunicado, enquanto viajava na Lituânia com o secretário de Defesa de Trump, Jim Mattis.
“Queremos reafirmar ao povo e ao governo da Turquia que os EUA estão comprometidos em prevenir riscos adicionais de segurança e em proteger nossa aliada da Otan.”
Os Estados Unidos há tempos fornecem armas para membros árabes das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), que incluem combatentes da YPG. White disse que Washington ainda irá priorizar fornecimento para combatentes árabes dentro das FDS.