Por John Davison e Phil Stewart
BEIRUTE/WASHINGTON (Reuters) - O exército norte-americano lançou via área munições para armas de pequeno porte e outros suprimentos para rebeldes sírios árabes, pouco mais de duas semanas depois que a Rússia tornou ainda mais complexa a prolongada guerra civil na Síria ao intervir a favor do presidente Bashar al-Assad.
Um oficial militar disse que os lançamentos, feitos por aviões de carga C-17 no norte da Síria no domingo, fazem parte de uma reformulação anunciada na semana passada da estratégia dos Estados Unidos para ajudar os rebeldes que combatem os militantes do Estado Islâmico na Síria.
O único grupo no território a obter sucesso na luta contra o Estado Islâmico em cooperação com um coalizão liderada pelos EUA é uma milícia curda, a YPG, que mantém uma zona autônoma no norte da Síria e fez grandes avanços na província de Raqqa, maior refúgio do EI.
Nesta segunda, a YPG anunciou uma nova aliança com grupos menores de combatentes árabes, o que pode ajudar a desfazer críticas de que esteja combatendo somente pelo interesse dos curdos. Washington indicou que poderá destinar recursos financeiros a comandantes árabes que cooperam com a YPG no território.
Árabes sírios disseram ter recebido informações de Washington de que novas armas estariam a caminho para ajudar em uma ofensiva conjunta com seus aliados curdos contra a cidade de Raqqa, a capital de fato do Estado Islâmico.
Os militares dos EUA confirmaram o lançamento de suprimentos a combatentes de oposição previamente verificados na Síria, mas não quiseram revelar mais informações sobre os grupos que receberam a ajuda ou o tipo de equipamento lançado pelo ar.