Por Julia Symmes Cobb
BOGOTÁ (Reuters) - Os Estados Unidos não têm um cronograma para uma mudança de governo da Venezuela, disse uma autoridade norte-americana de alto escalão, mas estão certos de que o presidente Nicolás Maduro não continuará no poder.
Washington adotou uma série de sanções contra o governo Maduro na tentativa de pressioná-lo a renunciar e permitir que o líder opositor Juan Guaidó assuma o poder.
"Não existe um cronograma para uma volta à democracia, mas ela está vindo, disso estou certo", disse James Story, encarregado de negócios dos EUA para a Venezuela, em uma entrevista. "Isso nunca prometeu ser algo muito fácil."
Maduro culpa as sanções dos EUA pelos problemas econômicos do país e sustenta que Guaidó é um fantoche norte-americano. Mais de 3 milhões de venezuelanos já fugiram da hiperinflação, da escassez de alimentos e remédios e da crise política.
Em janeiro, Guaidó invocou a Constituição e se autoproclamou presidente interino da Venezuela, argumentando que a reeleição de Maduro em 2018 foi ilegítima. Embora a maioria das nações ocidentais o tenha reconhecido como chefe de Estado, Rússia, China e Cuba continuam ao lado de Maduro.
Maduro rompeu as relações diplomáticas com os EUA depois que o país endossou Guaidó. No mês passado, o Departamento de Estado dos EUA disse que retiraria todo seu pessoal diplomático da Venezuela, argumentando que o país estava "restringindo a política dos EUA".