Por Phil Stewart e David Alexander
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos pediram nesta quarta-feira "maior comprometimento" do governo do Iraque na luta contra o Estado Islâmico, lamentaram o fracasso de Bagdá em enviar soldados em número suficiente para treinamento e enfatizaram a necessidade de dar mais poder a tribos sunitas.
O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, disse em audiência no Congresso norte-americano que as Forças Armadas do país esperavam treinar 24 mil membros das forças de segurança iraquianas até setembro/oubtro, mas que receberam somente cerca de 9 mil recrutas para treinamento até agora.
"Simplesmente não recebemos recrutas suficientes", disse Carter. "Embora os Estados Unidos estejam abertos a apoiar o Iraque mais do que já apoiamos, precisamos ver um comprometimento maior de todas as partes do governo iraquiano", acrescentou.
O presidente dos EUA, Barack Obama, tem enfrentando uma pressão crescente para conter o impulso de insurgentes sunitas, depois que eles tomaram Ramai, uma capital provincial, no mês passado, ampliando seu controle sobre áreas predominantemente sunitas do Iraque.
Esse ataque expôs ainda mais as falhas das forças iraquianas, predominantemente xiitas, e levantou questões sobre a capacidade do governo do país, comandado por xiitas, de superar as divisões sectárias que têm ajudado a fomentar a expansão do Estado Islâmico.
Os Estados Unidos enxergam o treinamento de combatentes sunitas, que estariam subordinados a Bagdá, como crucial para sua estratégia. Esse objetivo levou Obama a determinar na semana passada o estabelecimento de uma nova base com 450 soldados dos EUA perto de Ramadi.