WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos procuraram a ajuda do Irã para tentar reunir as partes beligerantes do Iêmen em negociações sobre uma solução política para a crise, durante um encontro entre os chanceleres norte-americano e iraniano na segunda-feira, afirmou uma autoridade dos EUA nesta quarta-feira.
O Irã apoia as milícias houthis que tomaram a capital iemenita, Sanaa, em setembro, exigindo um governo mais inclusivo. Desde então, os xiitas houthis varreram o sul, inquietando a sunita Arábia Saudita, que teme a expansão da influência iraniana na região.
A Arábia Saudita tem liderado uma campanha aérea para bombardear alvos dos houthis. Os ataques atingiram cinco províncias do Iêmen e os combates se intensificaram em Áden, no sul, nesta quarta-feira. Fontes na região disseram que o reino saudita estava treinando membros de tribos armadas para combater os houthis.
Questionado se o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pediu ao ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, para usar sua influência para envolver todos os lados em negociações, uma autoridade do Departamento de Estado disse a repórteres: "Sim."
A fonte, que falou sob condição de anonimato, disse que isso significava que os EUA procuraram ajuda iraniana para levar os houthis à mesa de negociações.
Kerry, falando na segunda-feira antes de sua reunião com Zarif sobre o programa nuclear iraniano, afirmou a repórteres que esperava que o Iêmen se envolvesse em negociações.
"Eu certamente insistirei que todos façam a sua parte para tentar reduzir a violência e permitir que as negociações comecem de uma maneira que proteja os interesses dos iemenitas", disse Kerry.
(Reportagem de Arshad Mohammed)