Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Os Estados Unidos acusaram o Irã nesta quinta-feira de desafiar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU ao realizar um teste de míssil balístico e dois lançamentos de satélites desde dezembro, pedindo que o conselho “restaure restrições internacionais mais rígidas” contra Teerã.
Uma resolução da ONU emitida em 2015 “pede” que o Irã se abstenha por até oito anos de realizar trabalhos com mísseis balísticos projetados para carregar armas nucleares seguindo um acordo firmado com seis potências mundiais. Alguns Estados argumentam que a linguagem da resolução não a torna obrigatória.
Em uma carta ao conselho de 15 membros, o embaixador dos Estados Unidos para a ONU em exercício, Jonathan Cohen, disse que o Irã testou um míssil balístico de médio alcance no dia 1º de dezembro de 2018 e tentou colocar satélites em órbita nos dias 15 de janeiro e 5 de fevereiro.
“O Irã conduziu esses três lançamentos em desafio à vontade expressa do Conselho de Segurança da ONU e tais provocações continuam a desestabilizar toda a região do Oriente Médio”, escreveu Cohen.
O Irã diz que seus mísseis não são projetados para carregar armas nucleares. A missão iraniana para a Organização das Nações Unidas não estava disponível de imediato para comentar a carta norte-americana.
A maior parte das sanções da ONU impostas contra o Irã foram suspensas em janeiro de 2016, quando um órgão de monitoramento nuclear da ONU confirmou que Teerã havia cumprido compromissos firmados sob o acordo nuclear com o Reino Unido, França, Alemanha, China, Rússia e Estados Unidos. Entretanto, o Irã ainda está sujeito a um embargo de armas e a outras restrições da ONU.
(Reportagem de Michelle Nichols)