WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - O chefe da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) divulgou uma proposta formal nesta terça-feira para encerrar e substituir um plano concebido pelo órgão durante o mandato do ex-presidente Barack Obama para reduzir emissões de gases do efeito estufa por usinas de geração de eletricidade.
O administrador da EPA, Scott Pruitt, emitiu uma notificação de que a agência pretende revogar o Clean Power Plan (Plano de Energia Limpa), que segundo ele baseava-se em cálculos "controversos" sobre custos econômicos e benefícios.
Ele disse que o fim do plano pode economizar até 33 bilhões de dólares em custos para seu cumprimento nos próximos anos.
A EPA iniciou um processo para substituir o plano, e receberá contribuições sobre sua proposta por 60 dias.
O movimento é parte do plano do presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, de reviver a indústria de carvão do país e incentivar a produção doméstica de combustíveis fósseis.
A administração Trump prometeu reduzir regulamentações sobre o carvão e a exploração de petróleo, o que tende a acontecer em Estados que foram parte da base eleitoral do presidente.
No ano passado, a Suprema Corte dos EUA chegou a suspender o Clean Power Plan, após Estados produtores de energia reclamarem que a agência havia excedido sua responsabilidade legal na regulamentação.
O plano buscava reduzir emissões de usinas de geração de energia para 32 por cento abaixo dos níveis de 2005 até 2030.
A administração Trump deverá obrigatoriamente apresentar um plano alternativo, uma vez que a EPA tem como dever legal regular as emissões de carvão desde que a agência proclamou em 2009 que a poluição é um risco à saúde humana.
(Por Emily Flitter e Timothy Gardner)