(Reuters) - O pior surto de sarampo nos Estados Unidos em 25 anos teve mais 60 casos confirmados na última semana, elevando o número total no país para 764, informaram autoridades federais de saúde nesta segunda-feira.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) relatou um aumento de 8,5 por cento no número de casos de sarampo desde 26 de abril, confirmando também que o pior surto da doença no país desde 1994 já chegou a 23 Estados.
A Pensilvânia é o Estado mais recente a ser vitimado pela epidemia desde que o CDC relatou casos em 22 Estados na semana passada.
Autoridades federais de saúde dizem que uma parcela minoritária, mas enfática, de pais que se recusam a vacinar os filhos estimulou o surto, que afeta principalmente crianças que não receberam vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola. Estes pais acreditam que ingredientes da vacina podem causar autismo, algo que provas científicas contradizem.
Embora o vírus tenha sido eliminado do país em 2000, o que significa que não está mais presente continuamente o ano todo, surtos ainda ocorrem devido a viajantes vindos de países onde o sarampo ainda é comum, disse o CDC.
O surto atual se agravou desde as 82 vítimas de 2018, e neste ano mais de 40 pessoas levaram sarampo para os EUA oriundas de outros países, os mais frequentes deles Ucrânia, Israel e Filipinas, segundo autoridades federais.
(Por Gabriella Borter, em Nova York, e Manas Mishra, em Bengaluru)