Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos revogou nesta quarta-feira uma série de restrições a voos para Cuba impostas pelo ex-presidente Donald Trump, inclusive acabando com uma proibição a voos norte-americanos para aeroportos cubanos que não ficam em Havana.
O Departamento de Transporte dos EUA (USDOT, na sigla em inglês) emitiu a ordem a pedido do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que disse que a medida era “em apoio ao povo cubano e aos interesses de política externa dos Estados Unidos”.
A Casa Branca sinalizou no mês passado uma mudança de postura como parte de uma revisão mais ampla de sua política em relação a Cuba sob o governo do presidente Joe Biden. As restrições de voo foram suspensa imediatamente.
O governo Trump havia imposto uma série de restrições de aviação em 2019 e 2020, em uma tentativa de aumentar a pressão econômica dos EUA sobre o governo cubano.
Sob o presidente Trump, o Departamento de Transportes impôs um limite de voos fretados para Cuba a 3.600 por ano, e posteriormente suspendeu voos fretados para Cuba. O departamento também proibiu voos fretados para qualquer aeroporto cubano que não fosse o de Havana.
O então secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que Cuba “usa o turismo e fundos de viagens para financiar seus abusos e interferência na Venezuela. Ditadores não podem se beneficiar do turismo dos EUA”.