Por Bill Berkrot
(Reuters) - O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos afirmou que vai financiar um estudo para monitorar a exposição ao Zika vírus de atletas, treinadores e funcionários do comitê olímpico norte-americanos enquanto eles estiverem no Brasil, com a esperança de obter uma compreensão melhor de como o vírus se mantém no organismo e dos riscos em potencial que ele representa.
O estudo, anunciado nesta terça-feira, busca determinar a incidência da infecção do Zika, identificar fatores de risco em potencial no contágio, avaliar por quanto tempo o vírus permanece nos fluidos corporais e pesquisar consequências para a reprodução em participantes infectados com o vírus.
O Brasil, que sediará os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro no mês que vem, é o país mais atingido pelo alastramento do vírus, transmitido por mosquito, nas Américas.
O vírus causa preocupações porque ele pode resultar em problemas graves em recém-nascidos cujas mães foram infectadas durante a gravidez, incluindo a microcefalia, má-formação craniana. O Zika também é associado à Guillain-Barré, uma síndrome neurológica rara que pode causar paralisia temporária em adultos.
O estudo, que espera envolver pelo menos 1.000 casos, é liderado por Carrie Byington, da Universidade de Utah, que neste ano iniciou um levantamento piloto com 150 participantes, um terço dos quais disseram que eles ou os parceiros planejavam engravidar num período de um ano depois das Olimpíadas. Eles serão incluídos no estudo mais amplo.
"Vamos seguir indivíduos, expostos ao vírus Zika, por até dois anos”, disse ela por e-mail. “Por conta do fato de o grupo de pessoas incluir primariamente indivíduos nos seus anos reprodutivos, nós seremos capazes de estudar resultados relacionados à saúde reprodutiva, incluindo consequências na gravidez.”