WASHINGTON (Reuters) - O ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca Michael Flynn se recusou a acatar uma intimação do Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos que investiga uma possível interferência russa na eleição presidencial de 2016 dos EUA.
Flynn invocou a Quinta Emenda da Constituição dos EUA que o protege contra auto-incriminação, como informou primeiro a Associated Press, citando fontes próximas de Flynn, e confirmado por assessores do Senado.
O general reformado, testemunha fundamental na investigação sobre a Rússia, enviou uma carta aos integrantes do comitê informando sua decisão.
O Comitê de Inteligência do Senado está conduzindo uma das principais investigações do Congresso sobre a suposta interferência russa na eleição presidencial dos Estados Unidos e sobre se houve ou não alguma conspiração entre a campanha de Trump e a Rússia.
O comitê primeiro solicitou documentos a Flynn em uma carta do dia 28 de abril, mas ele se recusou a cooperar com o pedido.
A comunidade de inteligência dos Estados Unidos concluiu em janeiro que Moscou tentou influenciar a eleição de novembro a favor de Trump. A Rússia negou envolvimento e Trump insiste que ganhou de maneira justa.
Flynn foi forçado a renunciar em fevereiro, menos de um mês após assumir o cargo, por não revelar o conteúdo de suas conversas com Sergei Kislyak, o embaixador russo nos Estados Unidos, e então mentir para o vice-presidente Mike Pence sobre as conversas.
(Reportagem de Doina Chiacu, Patricia Zengerle e Tim (SA:TIMP3) Ahmann)