RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-goleiro da seleção brasileira Gilmar Rinaldi será o novo coordenador-geral de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), anunciou nesta quinta-feira o presidente da entidade, José Maria Marin.
Gilmar, que era reserva do time do Brasil tetracampeão mundial em 1994, vai participar do processo de escolha do próximo treinador da seleção brasileira para substituir Luiz Felipe Scolari, que deixou a equipe após a campanha decepcionante da seleção Copa do Mundo.
De acordo com Marin, o anúncio do nome do novo treinador deve acontecer até o início da próxima semana.
Gilmar, de 55 anos, vinha atuando como empresário de jogadores nos últimos anos. Ele afirmou que vai deixar de exercer o cargo de agente agora que assumiu o cargo de coordenador de seleções da CBF.
"Meu foco a partir de agora é único e exclusivamente a seleção brasileira", disse Gilmar ao ser apresentado em entrevista coletiva na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
"Estou voltando à casa. Me sinto bem, me sinto em casa, já que eu já estive muito tempo por aqui. Sei das dificuldades que vamos enfrentar, sei dos ajustes que precisamos fazer", acrescentou.
Felipão deixou o cargo após o amargo 4º lugar da seleção brasileira na Copa do Mundo realizada em casa, em que o time sofreu duas goleadas nas duas últimas partidas: 7 x 1 contra a Alemanha na semifinal e 3 x 0 contra a Holanda na disputa de 3º lugar.
O técnico disse após a derrota para a Holanda que entregaria o cargo à CBF com o término do Mundial, conforme acertado quando assumiu a equipe no fim de 2012, mas indicou que gostaria de permanecer ao afirmar que seu futuro dependia do presidente da CBF.
Marin, no entanto, decidiu não permanecer com o treinador.
O próximo comandante da seleção brasileira terá dois amistosos já em setembro, contra Colômbia e Equador, nos Estados Unidos, e depois mais dois jogos confirmados: Argentina, em outubro, na China, e a Turquia, em novembro, em Istambul.
De acordo com pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira, o ex-técnico do Corinthians Tite é o favorito dos torcedores para assumir o comando da seleção, com 24 por cento da preferência. Zico apareceu em 2º, com 19 por cento.
(Por Rodrigo Viga Gaier e Pedro Fonseca)