(Reuters) - Uma corte marcial chinesa sentenciou à morte o ex-oficial de alto escalão Gu Junshan, com uma suspensão temporária de dois anos, informou o Ministério da Defesa nesta segunda-feira. Condenado por corrupção, Gu é o mais recente caso de uma autoridade que caiu em desgraça em decorrência da repressão do presidente chinês, Xi Jinping, a esse crime nas Forças Armadas.
Xi estabeleceu como uma de suas principais metas extirpar a corrupção entre os militares. O alcance da corrupção seria tão profundo que afetaria a capacidade de a China enfrentar uma guerra, têm alertado oficiais da ativa e da reserva.
Um ex-tenente-geral que havia sido vice-diretor do poderoso Departamento de Logística, Gu foi condenado por crimes como recebimento de propina, abuso de poder e mau uso de suas funções públicas, disse o ministério em um comunicado publicado em seu site.
A suspensão temporária da execução da sentença costuma resultar na comutação da condenação à morte em prisão perpétua após dois anos de bom comportamento.
Gu foi acusado em 2014 sob a suspeita de ter vendido a localização de centenas de posições militares. O caso havia sido conduzido a portas fechadas para preservar "segredos militares", disse uma autoridade do tribunal militar.
A China intensificou a repressão à corrupção entre os militares no final dos anos 1990, proibindo o Exército de Libertação Popular de se envolver em negócios. Mas os militares se envolveram em negociações comerciais nos últimos anos devido a uma falta de fiscalização, de acordo com analistas militares.
(Reportagem de Michael Martina e Megha Rajagopalan)