TEGUCIGALPA (Reuters) - O ex-presidente de Honduras Rafael Callejas viajou nesta segunda-feira para os Estados Unidos, onde foi indiciado por suposta ligação com um esquema de propina de milhões de dólares envolvendo dirigentes da Fifa.
Callejas, de 72 anos, que foi mencionado em um indiciamento no início de dezembro, é acusado de receber suborno em contratos de direitos de marketing e de transmissão de eventos de futebol, assim como 15 dirigentes de alto escalão do futebol mundial.
"O ex-presidente Rafael Callejas decidiu se apresentar às autoridades dos EUA e agora irá viajar aos Estados Unidos em um avião particular", disse o ministro das Relações Exteriores, Arturo Corrales, a uma rádio local.
Callejas, que comandou Honduras entre 1990 e 1994, afirmou não ter nenhuma responsabilidade por nenhuma das acusações e estar pronto para se defender de todas elas.
Corrales disse que Callejas, que também é ex-presidente da federação hondurenha de futebol, partiu da capital Tegucigalpa às 7h30 do horário local (10h30 no horário de Brasília).
No início deste mês, o governo hondurenho afirmou que os EUA solicitaram formalmente a extradição de Callejas.
Entre os dirigentes de futebol indiciados pelas autoridades norte-americanas estão o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, que já foi extradidato da Suíça para os EUA, além do presidente licenciado da entidade Marco Polo Del Nero e também ex-presidente Ricardo Teixeira.
(Por Gustavo Palencia)