Por Bernie Woodall
PARKLAND, Estados Unidos (Reuters) - Um ex-aluno de 19 anos abriu fogo em uma escola da Flórida nesta quarta-feira, matando 17 pessoas antes de ser preso pela polícia, disseram autoridades.
O ataque no Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland, cerca de 70 quilômetros ao norte de Miami, ocorreu pouco antes do final das aulas, levando centenas de estudantes a fugirem em pânico para a rua enquanto dezenas de policiais e funcionários de serviços de emergência chegavam ao local.
O atirador foi identificado como Nikolas Cruz, que frequentou a escola e foi expulso por razões disciplinares não especificadas, disse o xerife do condado de Broward, Scott Israel, em uma entrevista coletiva.
"É uma situação horrível", disse a jornalistas o superintendente de escolas do condado, Robert Runcie.
O atirador se rendeu à polícia sem resistência, disse Israel. "Isso é catastrófico", disse Israel.
Doze das vítimas foram mortas dentro do prédio da escola, duas outras do lado de fora, mais uma na rua e outras duas morreram dos ferimentos em um hospital, disse Israel. Entre as vítimas, disse, havia estudantes e adultos.
Foi o 18º incidente com tiros em uma escola dos EUA até agora este ano, de acordo com o grupo de controle de armas Everytown for Gun Safety. Esse número inclui suicídios e incidentes quando ninguém foi ferido, bem como o incidente de janeiro, quando um jovem armado de 15 anos matou dois estudantes em uma escola secundária de Benton, Kentucky.
Mais de cinco anos se passaram desde que um homem armado matou 20 alunos e seis educadores em Newtown, Connecticut, impulsionando o longo debate dos EUA sobre os direitos sobre porte de armas no país, garantidos pela Segunda Emenda da Constituição norte-americana.
Funcionários da escola na Flórida e alunos disseram à mídia local que um alarme de incêndio disparou por volta do momento em que os disparos começaram, provocando um caos quando cerca de 3.000 alunos do colégio se dirigiram inicialmente para os corredores antes que os professores os direcionassem para as salas de aula novamente, para buscarem abrigo.
McKenzie Hartley, de 19 anos, que se identificou como a irmã de um estudante na escola, descreveu a cena em uma mensagem de texto para a Reuters: "Ela o ouviu atirando pelas janelas das salas de aula e dois estudantes foram baleados."
Em pânico, os pais tentavam encontrar seus filhos. "É absolutamente horrível. Não posso acreditar que isso esteja acontecendo", disse Lissette Rozenblat, cuja filha frequenta a escola, à CNN. Sua filha a chamou para dizer que estava segura, mas a estudante também contou a sua mãe que ouviu os gritos de uma pessoa que foi baleada.
"Ela estava muito nervosa. Ela disse que podia ouvir a pessoa que havia sido baleada gritando por ajuda", disse ela.