Por Nancy Lapid
(Reuters) - Um exame de sangue experimental, que detectou o mal de Parkinson em um estudo preliminar, pode se tornar a primeira ferramenta específica para diagnosticar a devastadora condição neurodegenerativa, anunciaram pesquisadores nesta quarta-feira.
O teste, que procura danos celulares associados à doença, está a anos de estar disponível comercialmente. Se a sua confiabilidade for confirmada em ensaios futuros, o teste permitirá aos médicos diagnosticar a doença mais cedo e iniciar os tratamentos mais cedo, antes que os danos no sistema nervoso piorem, disseram os cientistas.
“Atualmente, a doença de Parkinson é diagnosticada em grande parte com base nos sintomas, quando os pacientes já apresentam danos neurológicos significativos”, disse a principal autora do estudo, Laurie Sanders, da Escola de Medicina de Duke, em Durham, na Carolina do Norte.
O novo exame de sangue mede os danos ao DNA nas mitocôndrias, as estruturas dentro das células que geram energia para as funções celulares. Sabe-se que os danos no DNA mitocondrial estão associados à doença de Parkinson.
O teste mostrou maiores danos nas células sanguíneas de pacientes com Parkinson em comparação com pessoas sem a doença, relataram pesquisadores na publicação Science Translational Medicine.
Também foram encontrados danos elevados no DNA de pessoas com uma mutação genética chamada LRRK2, que aumenta o risco de doença de Parkinson, mesmo na ausência de sintomas, disseram os pesquisadores.
(Reportagem de Nancy Lapid)