Por Andrew Goudsward
WASHINGTON (Reuters) - Peter Navarro, ex-assessor comercial do ex-presidente norte-americano Donald Trump, foi condenado nesta quinta-feira a quatro meses de prisão por desacato ao Congresso após se recusar a cooperar com a investigação sobre o ataque de 6 de janeiro de 2021 contra o Capitólio dos Estados Unidos.
Promotores federais em Washington pediram que o juiz federal Amit Mehta aplicasse uma sentença de seis meses a Navarro, argumentando que ele priorizou sua lealdade a Trump em detrimento ao Estado de direito.
Os advogados de Navarro estão pedindo liberdade condicional, dizendo que o ex-assessor da Casa Branca acreditava que não precisava cooperar com o Congresso porque achou que Trump havia invocado a doutrina legal do privilégio executivo, que protege alguns registros e comunicações presidenciais de serem divulgados.
Navarro foi condenado em setembro em duas acusações de desacato ao Congresso por desafiar uma intimação para entregar documentos e prestar depoimento a um painel da Câmara liderado pelos democratas.
“Eles me levaram a acreditar que privilégio havia sido invocado e que eles o aceitaram”, disse Navarro, nesta quinta-feira, ao comitê da Casa.
O comitê investigou o ataque de 6 de janeiro por apoiadores de Trump e tentativas mais amplas do ex-presidente de reverter sua derrota eleitoral de 2020 para o democrata Joe Biden.