Por Jonathan Allen e Joseph Ax
NOVA YORK (Reuters) - Uma ex-assessora que acusou o governador de Nova York, Andrew Cuomo, de apalpá-la na residência oficial entrou com uma queixa criminal no departamento do xerife do condado de Albany, informou o departamento nesta sexta-feira.
A mulher, cujo nome não foi divulgado, era uma assistente executiva que disse aos investigadores estaduais que Cuomo apalpou seu seio em uma ocasião. É a mais grave das acusações de assédio sexual enfrentadas por Cuomo, cuja carreira política antes ascendente como parte de uma das famílias mais poderosas do Partido Democrata do país está à beira do colapso.
A ex-assessora é uma das 11 mulheres que, segundo anúncio de investigadores estaduais nesta semana, foram assediadas sexualmente por Cuomo. O governador está resistindo a pedidos generalizados para renunciar, inclusive do presidente dos EUA, Joe Biden, e enfrenta um processo de impeachment.
Em uma entrevista coletiva na sexta-feira, os advogados que defendem Cuomo e seu gabinete argumentaram que a investigação foi tendenciosa desde o início.
"Não houve nenhuma investigação imparcial neste caso", disse Rita Glavin, advogada que representa Cuomo. "A investigação foi conduzida para apoiar uma narrativa predeterminada."
A assistente executiva disse aos investigadores que Cuomo a chamou à mansão em novembro de 2020, a conduziu para uma sala, fechou a porta, deslizou a mão por baixo da blusa e colocou a mão sobre o sutiã, de acordo com relatório dos investigadores, divulgado na terça-feira pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James.