Por Mary Milliken e Chris Kahn
WASHINGTON (Reuters) - Pouco mais de metade dos norte-americanos disseram aprovar o modo como o presidente Donald Trump lidou com a Coreia do Norte, mas apenas um quarto acredita que a cúpula realizada nesta semana com Kim Jong Un levará à desnuclearização da península coreana, segundo uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira.
Em uma declaração conjunta após sua reunião em Cingapura na terça-feira, o líder norte-coreano se comprometeu a tomar medidas em direção à completa desnuclearização e Trump prometeu garantir a segurança do antigo inimigo dos EUA. Quarenta por cento dos entrevistados disseram que não acreditam que os países cumprirão as promessas.
Outros 26 por cento disseram que acreditam que os EUA e a Coreia do Norte cumprirão suas promessas, enquanto 34 por cento disseram que não sabiam se eles cumprirão ou não.
Trinta e nove por cento acreditam que a cúpula diminui a ameaça de uma guerra nuclear entre os EUA e a Coreia do Norte, que tem um forte arsenal nuclear, ligeiramente acima dos 37 por cento que não acreditam que tenha havido qualquer mudança.
Trump, que retornou a Washington cedo nesta quarta-feira, avaliou a reunião com Kim, a primeira entre um presidente em exercício dos EUA e um líder norte-coreano, como um sucesso que removeu a ameaça nuclear da Coreia do Norte. A reunião aparentemente amigável ocorreu em forte contraste à retórica belicosa e aos insultos trocados no fim do ano passado, quando Pyongyang realizou seus maiores testes nucleares e de mísseis.
Trump recebeu uma taxa de aprovação de 51 por cento pelo modo como lidou com a Coreia do Norte e também liderou a lista de líderes que deve receber mais crédito pela cúpula e pelas promessas conjuntas. Quarenta por cento dizem que o ex-apresentador de reality show deve levar o maior crédito, seguido pelo presidente sul-coreano Moon Jae-in, com 11 por cento. Kim ficou em terceiro com 7 por cento.
A pesquisa de opinião da Reuters/Ipsos foi realizada online em inglês, entre os dias 12 e 13 de junho nos Estados Unidos. Reuniu respostas de mais de 1.000 adultos, incluindo mais de 400 democratas e 400 republicanos.
A sondagem tem um intervalo de credibilidade, uma medida da precisão da pesquisa, de 4 pontos percentuais para a amostra completa e de 6 pontos percentuais para os democratas e republicanos, o que significa que os resultados podem variar em qualquer direção por esse montante.