NOVA YORK (Reuters) - Um ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos deve ser acusado de homicídio culposo na sexta-feira depois de matar um homem sem-teto no metrô de Nova York por estrangulamento, disse o promotor distrital de Manhattan na quinta-feira.
O homem, identificado como Daniel Penny, aplicou um mata-leão em Jordan Neely, de 30 anos, enquanto os dois viajavam em um trem da linha F em Manhattan no dia 1º de maio. Neely morreu em razão de uma compressão do pescoço, segundo um médico legista. Neely, de acordo com relatos da imprensa local, era um morador de rua.
“Podemos confirmar que Daniel Penny será preso em uma acusação de homicídio culposo em segundo grau. Não podemos fornecer qualquer informação adicional até que ele tenha sido acusado no Tribunal Criminal de Manhattan, o que esperamos que ocorra amanhã”, disse o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, em uma declaração na quinta-feira.
O incidente gerou protestos, com manifestantes pedindo justiça para Neely e dizendo que ser pobre não é um crime. Os organizadores do protesto também chamaram o ato de "linchamento" e um exemplo de "vigilância branca" contra pessoas de cor.
Em um comunicado, Penny expressou "condolências às pessoas próximas do Sr. Neely." Penny alegou que Neely havia ameaçado agressivamente ele próprio e outros passageiros, acrescentando que "Daniel nunca pretendia prejudicar o Sr. Neely e não poderia ter previsto sua morte prematura."
Um advogado da família de Neely disse em um comunicado na segunda-feira que as ações de Penny no trem e suas palavras mostram que "ele precisa estar na prisão".
Penny, de 24 anos, que é branco, foi interrogado pela polícia e liberado após o incidente, segundo a imprensa.
(Reportagem de Tyler Clifford e Jasper Ward)