BERLIM (Reuters) - O ex-presidente catalão, Carles Puigdemont, disse neste sábado que permanecerá em Berlim enquanto um tribunal alemão define se deve extraditá-lo para a Espanha sob acusação de mau uso de recursos públicos, mas afirmou que espera voltar a viver na Bélgica.
Um tribunal alemão negou na quinta-feira um pedido de extradição de Puigdemont pela acusação de rebelião na campanha pela independência da Catalunha, o que poderia significar uma prisão de décadas na Espanha.
"Meu desejo é retornar para a Bélgica. Mas apenas após o fim dos procedimentos aqui na Alemanha, não antes", disse Puigdemont em Berlim.
"Meu plano, claro, é permanecer em Berlim. É minha residência agora, até o fim deste processo", afirmou.
Puigdemont, que fugiu da Espanha para a Bélgica há cinco meses, depois que a sua declaração de independência da Catalunha fez Madri intervir para tomar controle do governo regional, foi preso no mês passado ao entrar na Alemanha, com base em um mandado expedido pela Espanha.
O governo espanhol afirmou que vai respeitar a decisão da corte alemã. Mas a Suprema Corte espanhola disse na sexta-feira que considera consultar a Corte Europeia de Justiça sobre a decisão.
A Suprema Corte espanhola reativou no mês passado mandados internacionais de prisão contra o líder e outros políticos catalães, que foram para um exílio no ano passado.
(Reportagem de Sonya Dowsett)