NOVA YORK (Reuters) - Uma ex-modelo da Playboy que disse ter tido um caso com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com ação na Califórnia nesta terça-feira para ser liberada de um acordo judicial que a obriga a se manter em silêncio, se tornando a segunda mulher neste mês a contestar um acordo de silêncio sobre um suposto relacionamento extraconjugal com Trump.
Karen McDougal entrou com ação no Tribunal Superior de Los Angeles contra a American Media Inc, editora da National Enquirer, que lhe pagou 150 mil dólares em 2016 para ficar em silêncio sobre a questão, de acordo com uma cópia do processo fornecida por seu advogado, Peter Stris.
O processo acontece um mês após a revista New Yorker relatar o suposto caso e uma ação da American Media Inc para pagar McDougal por direitos exclusivos à história, que nunca foi publicada. O artigo da New Yorker destacou que o chefe da American Media, David Pecker, descreveu Trump como um “amigo pessoal”.
A American Media não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
“A AMI mentiu para mim, me fez promessas vazias, e repetidamente me intimidou e me manipulou. Eu só quero a oportunidade de esclarecer as coisas e seguir com minha vida, livre desta empresa, de seus executivos e seus advogados”, disse McDougal, que foi Playmate do ano de 1998 da revista Playboy, em comunicado.
A atriz de filmes adultos Stormy Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, processou o presidente no dia 6 de março, dizendo que Trump nunca assinou um acordo para que ela ficasse em silêncio sobre uma relação extraconjugal “íntima” entre eles. Daniels recebeu 130 mil dólares sob este acordo.
Nesta semana, um escritório de advocacia representando Trump e a empresa que pagou Daniels informou em processo judicial que busca ao menos 20 milhões de dólares em danos por múltiplas violações do acordo de confidencialidade.
(Reportagem de Nathan Layne)