LOS ANGELES (Reuters) - A ex-mulher do produtor Harvey Weinstein, a estilista Georgina Chapman, quebrou silêncio nesta quinta-feira sobre acusações de abusos sexuais contra ele, dizendo que elas a enojaram.
Chapman, cofundadora da marca Marchesa, disse à revista Vogue em sua primeira entrevista desde que o escândalo explodiu em outubro que “perdi 4 quilos em cinco dias. Eu não conseguia manter a comida”.
As acusações contra Weinstein foram relatadas pela primeira vez pelo New York Times e pela revista New Yorker.
“Minha cabeça estava girando. E era difícil porque o primeiro artigo era sobre muito tempo antes de ter conhecido ele, então houve um minuto em que eu não podia tomar uma decisão informada. E então as histórias se expandiram e eu percebi que não era um incidente isolado”, disse a estilista britânica.
No dia em que a reportagem da New Yorker foi publicada, Chapman anunciou que estava deixando Weinstein, encerrando o casamento de 10 anos. O casal está em processo de divórcio.
Mais de 70 mulheres acusaram o produtor de Hollywood de condutas sexuais impróprias, incluindo estupro. Weinstein negou ter feito sexo não consensual.
Um representante de Weinstein se negou a comentar sobre a entrevista de Chapman. Um representante de Chapman disse que a estilista não tinha nada a acrescentar.
Olhando para atrás, Chapman disse à Vogue, “Eu tenho momentos de fúria, eu tenho momentos de confusão, eu tenho momentos de descrença. E eu tenho momentos em que eu só choro pelos meus filhos”.
A Marchesa era uma das maiores marcas nos tapetes vermelhos do Oscar e de outros eventos de celebridades, mas poucas celebridades vestiram roupas da marca nos últimos oito meses.
(Reportagem de Jill Serjeant)