Por Jonathan Allen
ST. PAUL, Minnesota (Reuters) - Tou Thao, um dos três policiais de Mineápolis em julgamento pela violação dos direitos civis de George Floyd, disse ao júri que os policiais foram treinados a usar o joelho para apoiar no pescoço de suspeitos como meio de imobilização em seu depoimento nesta terça-feira.
Thao, de 36 anos, está sendo julgado no Tribunal do Distrito de St. Paul ao lado de J. Alexander Kueng e Thomas Lane, acusados de violarem os direitos do homem negro de 46 anos de receber cuidado médico enquanto era detido. Floyd morreu asfixiado sob o joelho do ex-policial Derek Chauvin durante sua detenção em 25 de maio de 2020.
Vídeos gravados por celular levaram a protestos contra o racismo e a violência policial em cidades dos EUA e do mundo. Promotores argumentam que os policiais na cena do crime tinham o dever de intervir para impedir a morte de Floyd.
Durante o interrogatório por seu próprio advogado Robert Paule, Thao relembrou como a infância violenta em uma residência de refugiados o inspirou a se tornar policial.
Ele também descreveu como era normal, durante as sessões de treinamento, ver um policial sobre uma pessoa sendo presa imobilizada ao chão, utilizar seu joelho no pescoço para mantê-la presa ao chão. Foram exibidas imagens aos jurados de Thao e de seus colegas de classe utilizando a imobilização no que Paule classificou sessões de treinamento de estilo militar, que envolvem marchas de oficiais em formação e o ensino de cânticos de chamado e resposta.
"Você foi instruído de que o uso dos joelhos seria uma técnica imprópria?", questionou Paule a seu cliente.
"Não", respondeu Thao.
(Reportagem de Jonathan Allen)