Por John Whitesides
WASHINGTON (Reuters) - O bilionário empresário Michael Bloomberg, ex-prefeito da cidade de Nova York, é o novo participante da corrida presidencial dos Estados Unidos a partir deste domingo, acrescentando mais uma voz moderada ao abarrotado quadro de pleiteantes à nomeação democrata para enfrentar o presidente republicano, Donald Trump, nas eleições de 2020.
A investida representa uma reviravolta para Bloomberg, de 77 anos, que havia dito em março que não concorreria à Casa Branca.
"Estou concorrendo à Presidência para derrotar Donald Trump e reconstruir a América. Não podemos ter mais quatro anos de ações inconsequentes e antiéticas de Trump", disse Bloomberg --que fundou a empresa de mídia Bloomberg LP, da qual é CEO-- em nota no site de sua campanha.
Com uma fortuna de 53,4 bilhões de dólares, Bloomberg é oitavo no ranking dos norte-americanos mais ricos e terá a vantagem de financiar ele mesmo sua campanha, colocando milhões de dólares em propaganda e equipe.
A candidatura de Bloomberg representa um desafio tardio para os adversários democratas próximos da liderança nas pesquisas de opinião --os centristas Joe Biden, ex-vice presidente dos Estados Unidos; Pete Buttgieg, prefeito de South Bend, Indiana; e proeminentes progressistas Elizabeth Warren e Bernie Sanders --ambos senadores.
Bloomberg tem sido crítico ao discurso anti-Wall Street de Warren e seu plano de taxar os super-ricos para financiar programas desde o acesso a saúde pública universal a educação universitária gratuita. Ele concorrerá com Biden e Buttgieg para se tornar a alternativa moderada às agendas de Warren e Sanders.