MILÃO (Reuters) - Silvio Berlusconi não precisa mais pagar 1,4 milhão de euros por mês para sua ex-mulher, informou um tribunal italiano nesta quinta-feira, decidindo que o ex-primeiro-ministro havia sido tratado de forma injusta em um acordo de divórcio.
O tribunal de apelações de Milão também determinou a Veronica Lario, ex-atriz, que devolva a Berlusconi pagamentos de pensão totalizando cerca de 60 milhões de euros, dizendo que ela não possuía direitos sobre o dinheiro.
As boas notícias para o magnata político acontecem conforme sua carreira política – considerada morta e enterrada há apenas um ano – também volta a crescer.
O caso em Milão segue uma decisão do principal tribunal de apelações da Itália que informou que acordos de divórcio não garantem a cônjuges seus padrões prévios de vida, e sim garantem que sejam financeiramente independentes.
Berlusconi, sétimo homem mais rico da Itália, de acordo com a Forbes, com fortuna estimada em cerca de 7 bilhões de euros, foi casado com Lario por mais de 22 anos.
O casal se separou em 2009, com a normalmente reservada Lario escrevendo à agência de notícias nacional da Itália para denunciar o interesse de seu então marido em outras mulheres. O divórcio foi formalizado em 2014.
Após a separação, Berlusconi se envolveu em escândalos sobre suas festas “bunga bunga” e foi condenado por ter pagado para fazer sexo com uma menor de 17 anos. O veredicto foi posteriormente revertido quando um tribunal de apelações informou que não poderia ser provado que Berlusconi sabia que ela era menor de idade.
A parceira de Berlusconi nos últimos cinco anos é Francesca Pascale, uma ex-assistente de palco de TV 49 anos mais jovem.
(Reportagem de Manuela D'Alessandro)