Por Alberto Dabo
BISSAU (Reuters) - O ex-primeiro ministro e ex-general do exército da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló venceu a eleição presidencial do país, informou a comissão eleitoral nesta quarta-feira, mas seu oponente se queixou de fraude e prometeu contestar o resultado no tribunal.
A disputa parece estender o tipo de caos político que tem perseguido o pequeno país da África Ocidental nos últimos anos e deixado os eleitores cansados da classe política.
Embaló, de 47 anos, venceu com 54% dos votos da eleição de domingo, segundo a comissão, contra 46% de outro ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira na pesquisa para suceder o atual presidente José Mário Vaz.
O mandato de Vaz foi marcado por disputas políticas, um Parlamento em mau funcionamento e corrupção.
Se o desafio de Pereira fracassa, Embaló, que serviu como primeiro-ministro no governo Vaz entre 2016 e 2018, enfrenta a difícil tarefa de superar um impasse político de longa data e modernizar a nação de 1,6 milhão de pessoas. A Guiné-Bissau teve nove golpes ou tentativas de golpe desde a independência de Portugal em 1974.