Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe pode ser julgado por acusações de obstrução de testemunhas, depois que uma juíza rejeitou nesta terça-feira um pedido do promotor para arquivar a investigação, revivendo um caso de longa duração e profundamente polarizado.
A procuradoria-geral solicitou em março de 2021 uma audiência sobre a possibilidade de abreviar a investigação, após constatar que a conduta de Uribe não constituía crime.
Uribe e vários aliados foram investigados por alegações de obstrução de testemunhas na tentativa de desacreditar as acusações de que ele tinha vínculos com paramilitares de direita. Ele sempre afirmou sua inocência.
Os partidários de Uribe caracterizaram o processo como uma perseguição, enquanto seus detratores o celebraram como uma queda merecida, fazendo memes com seu número de prisioneiro de quando ele esteve brevemente em prisão domiciliar.
"Ao contrário do que afirmou o procurador-geral, existem elementos probatórios, evidências físicas e informações obtidas legalmente que afirmam, com probabilidade de verdade, que a conduta criminosa de suborno ocorreu e que Uribe participou", disse a juíza Laura Barrera, de Bogotá.
Barrera acrescentou que não seria a juíza de primeira instância.
A procuradoria-geral pode recorrer da decisão.