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Ex-procuradora-geral venezuelana poderá entrar e sair da Colômbia por seis meses

Publicado 24.08.2017, 17:22
© Reuters. Luisa Ortega faz discurso em Brasília

BOGOTÁ (Reuters) - A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega poderá entrar e sair livremente da Colômbia durante os próximos seis meses enquanto define sua situação migratória, e até o momento não existe nenhum mandado de prisão da Interpol contra ela, disse nesta quinta-feira o diretor do escritório de migração.

Ortega, destituída pela Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, entrou na Colômbia na sexta-feira na companhia do marido, o deputado Germán Ferrer, fugindo do que consideram uma perseguição do governo do presidente Nicolás Maduro.

"Se não tem nenhum mandado de prisão, poderá ingressar como qualquer outro estrangeiro em nosso território, sem nenhum inconveniente", garantiu aos repórteres o diretor de Migração da Colômbia, Christian Krüger.   

"Por ora não há nenhum impedimento. A maioria dos estrangeiros que ingressa com seu passaporte no país pode ficar 90 dias no território nacional, prorrogáveis por até 90 dias", explicou.

Ortega regressará à Colômbia depois de vir ao Brasil, onde na quarta-feira afirmou ter provas de que o presidente venezuelano se envolveu em supostos atos de corrupção com a construtora Odebrecht, à qual acusou de ter pago 100 milhões de dólares a Diosdado Cabello, um dos homens fortes do governo de Maduro. 

O presidente socialista anunciou que solicitará à Interpol um alerta vermelho para a captura de Ortega por estar implicada em delitos graves.

Ortega foi destituída de seu cargo em 5 de agosto, a primeira medida da Assembleia Constituinte, que governa a Venezuela com poderes absolutos, e o Tribunal Supremo de Justiça ordenou que ela seja processada.

A Colômbia anunciou que concederá asilo à ex-procuradora-geral se ela o solicitar.

© Reuters. Luisa Ortega faz discurso em Brasília

Ortega foi aliada do falecido presidente Hugo Chávez desde sua nomeação, no final de 2007, mas rompeu com seu sucessor e denunciou o governo depois de meses de protestos ocorridos neste ano que deixaram mais de 100 mortos em meio a uma profunda crise política e econômica.

(Por Luis Jaime Acosta)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR

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