Por Mehreen Zahra-Malik
ISLAMABAD, Paquistão (Reuters) - O exército do Paquistão disse neste sábado que os quatro homens armados que atacaram uma universidade no noroeste do Paquistão foram treinados no Afeganistão e que o ataque foi controlado por um militante paquistanês do Talibã de um local dentro do Afeganistão.
Em um comunicado aos repórteres da cidade de Peshawar, o porta-voz militar General Asim Bajwa disse que os militantes que atacaram a Universidade Bacha Khan, em Charsadda, na quarta-feira, matando pelo menos 20 pessoas, receberam treinamento no Afeganistão e cruzaram a fronteira entre os dois países para o Paquistão em Torkham.
Bajwa disse que o ataque foi concebido por Umar Mansoor, um militante paquistanês do Talibã baseado no Afeganistão, que também é considerado responsável pelo massacre de 134 crianças em dezembro de 2014 na cidade de Peshawar - o ataque militante com mais vítimas na história do Paquistão.
O vice de Mansoor ajudou os militantes a chegarem à fronteira de Torkham, de onde cruzaram para o Paquistão, disse o porta-voz.
O exército afirma que essa situação sublinha, mais uma vez, a necessidade de as relações entre Afeganistão e Paquistão melhorarem, o que pode prevenir militantes de realizarem ataques terroristas no país vizinho, o que tem prejudicado as possibilidades de paz na região.
Autoridades do Paquistão disseram que o chefe do Talibã paquistanês, conhecido como Mullah Fazlullah, tem orquestrado ataques no Paquistão a partir do Afeganistão, para onde fugiu muitos anos atrás depois que uma ofensiva do exército paquistanês contra seu controle do Swat Valley.