BENGHAZI, Líbia (Reuters) - As forças especiais líbias disseram nesta segunda-feira que recuperaram a principal base militar de Benghazi das mãos dos militantes islâmicos contra os quais combatem desde outubro, como parte de um impasse maior que se arrasta há quatro anos, desde a derrubada do autocrata Muammar Gaddafi.
O comandante das forças especiais, Wanis Bukhamada, disse à Reuters por telefone que suas tropas assumiram o controle da base, numa estrada que leva ao aeroporto nos arredores da segunda maior cidade líbia, assim como de escritórios próximos pertencentes à operadora de telefonia celular al-Madar.
Um vídeo publicado em redes sociais parece mostrar Bukhamada no portão da base militar.
Apoiado por tropas lideradas pelo general Khalifa Haftar, as forças especiais lançaram sua ofensiva contra os islamitas de Benghazi em meados de outubro, com o objetivo de recuperar a cidade, tomada pelos militantes no meio do ano passado. Eles conseguiram reaver o controle de bairros centrais, do aeroporto e de vários campos militares.
Mas os pesados confrontos ao redor do porto de Benghazi continuam, dizem moradores. O porto, principal via de importação de alimentos, foi obrigado a fechar.
As forças do Exército no leste da Líbia, incluindo Benghazi, são leais ao primeiro-ministro reconhecido pela comunidade internacional, Abdullah al-Thinni, que precisou fugir da capital, Trípoli, em agosto após a invasão de uma facção rival.
(Reportagem de Ayman al-Warfalli e Feras Bosalum)