Por Jan Wolfe e Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - Familiares de vítimas dos ataques de avião em 11 de setembro de 2001 pediram a uma autoridade do governo dos Estados Unidos nesta quinta-feira que investigue suas suspeitas de que o FBI mentiu ou destruiu indícios ligando a Arábia Saudita aos sequestradores.
O pedido presente em uma carta ao inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, afirma que as "circunstâncias tornam provável que uma ou mais autoridades do FBI demonstrou má conduta deliberada com intenção de destruir ou ocultar indícios para evitar sua revelação".
O FBI não quis comentar a carta.
O mais recente de uma série de pedidos feitos ao longo dos 20 anos transcorridos desde que militantes islâmicos derrubaram aviões de transporte civil em Nova York, Washington e Pensilvânia solicita indícios como registros telefônicos e uma fita de vídeo de uma festa no Estado da Califórnia à qual dois dos sequestradores compareceram mais de um ano antes dos ataques.
"Dada a importância dos indícios ausentes em questão na investigação do 11/9, assim como a inépcia recorrente no manejo destes indícios por parte do FBI, uma explicação inocente não é crível", disse a carta assinada por cerca de 3.500 familiares de vítimas, socorristas e sobreviventes.
Os signatários da carta pedem que Horowitz investigue comunicados feitos pelo FBI em resposta a uma intimação das famílias segundo os quais a agência "perdeu ou simplesmente não é mais capaz de encontrar indícios cruciais sobre os indivíduos que forneceram um apoio substancial aos sequestradores do 11/9 dentro dos EUA".
A Arábia Saudita nega um papel nos ataques, e a embaixada saudita em Washington não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
(Reportagem adicional de Jonathan Landay)