Por David Brunnstrom
WASHINGTON (Reuters) - A política norte-americana de tentar convencer a Coreia do Norte a desistir de suas armas nucleares é, segundo James Clapper, diretor da Inteligência Nacional dos EUA, “provavelmente uma causa perdida”, e a melhor hipótese que se pode esperar é um limite na capacidade nuclear do país, disse ele nesta terça-feira.
Contudo, mostrando as visões conflitantes no governo Obama, o Departamento de Estado afirmou que a política dos Estados Unidos não havia mudado e continuava a ser a busca de uma desnuclearização verificável da península coreana.
O presidente Barack Obama declarou várias vezes que os EUA nunca irão aceitar a Coreia do Norte como um país com armas nucleares.
Clapper deixou claro num evento no Council of Foreign Relations, um centro de análises em Nova York, que ele não achava que a política que o governo tem adotado, apesar dos vários testes nucleares norte-coreanos, era realista.
"Eu penso que a noção de fazer os norte-coreanos se desnuclearizarem é provavelmente uma causa perdida”, afirmou Clapper. “Eles não vão fazer isso, esse é o bilhete deles para a sobrevivência.”
Pyongyang persiste com os seus programas de armas nucleares e mísseis, incluindo uma explosão nuclear em 9 de setembro, apesar das fortes sanções internacionais.