RIO DE JANEIRO (Reuters) - O FBI quer interrogar um suposto agente egípcio da Al Qaeda que acredita estar morando no Brasil, e o governo brasileiro se comprometeu a cooperar com os Estados Unidos como puder.
Na segunda-feira, o FBI acrescentou Mohamed Ahmed Elsayed Ahmad Ibrahim à sua lista de mais procurados, afirmando que ele estava sendo procurado "a fim de interrogá-lo com relação ao papel que supostamente desempenhou como agente e facilitador da Al Qaeda".
Segundo o FBI, o egípcio "esteve, supostamente, envolvido no planejamento de ataques contra os Estados Unidos e seus interesses, e no fornecimento de apoio material para a Al Qaeda desde, aproximadamente, 2013". A Al Qaeda é o grupo por trás dos ataques de 11 de Setembro em Nova York e Washington em 2001.
Pelas informações divulgadas pela polícia federal norte-americana, Ibrahim nasceu no Egito em 1977.
Em um comunicado conjunto na segunda-feira, o Ministério da Justiça e o Itamaraty disseram que o egípcio entrou no Brasil em 2018 e era um residente legal no país.
"O governo brasileiro está aberto a cooperar com as autoridades norte-americanas no que for solicitado, nos termos de nossa legislação, e está acompanhando o caso", diz o comunicado.
O presidente Jair Bolsonaro está trabalhando para estreitar os laços com o presidente dos EUA, Donald Trump, um aliado ideológico que propôs um pacto comercial bilateral entre as duas maiores economias das Américas.
A cooperação de segurança entre os dois países tem sido forte há muito tempo, com funcionários norte-americanos e brasileiros trabalhando juntos em casos de contrabando de drogas e armas. Os Estados Unidos há muito se preocupam com supostos militantes de organizações como o Hezbollah que vivem e operam no Brasil.
(Reportagem de Gabriel Stargardter)