Por Fernando Kallas
MADRI (Reuters) - A assembleia geral da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) elegeu Rafael Louzán como presidente na segunda-feira, depois de mais de um ano de turbulência na entidade, que foi alvo de escândalos após a queda do ex-chefe Luis Rubiales e de seu braço direito Pedro Rocha.
Chefe da federação regional da Galícia, Louzán, de 57 anos, recebeu 90 votos para derrotar o chefe da federação valenciana, Salvador Gomar, que obteve 43 votos em uma disputa após a desistência de última hora do chefe da federação da Extremadura, Sergio Merchán.
Rubiales foi alvo de uma investigação de corrupção e deve ser julgado em fevereiro por agressão sexual devido ao beijo que deu na jogadora Jenni Hermoso depois que a Espanha venceu a Copa do Mundo Feminina de 2023 em Sydney.
Rocha, que o sucedeu brevemente, recebeu um banimento de dois anos por irregularidades.
Em abril passado, o governo espanhol criou um comitê especial para supervisionar a entidade que rege o futebol até a realização de novas eleições.
Louzán também teve problemas legais que podem atrapalhar as esperanças da RFEF de começar com ficha limpa.
Em maio de 2022, ele foi considerado culpado de prevaricação em um caso envolvendo um contrato para melhorar um campo de futebol na cidade de Morana. Embora ele tenha sido inocentado das acusações de fraude, a sentença o impediu de ocupar cargos públicos por sete anos.
Louzán negou irregularidade e recorreu, o que lhe permitiu concorrer à presidência da RFEF. A Suprema Corte deve julgar o recurso em 5 de fevereiro.
(Reportagem adicional de Emma Pinedo)