MANILA (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores das Filipinas rebateu comentários “irresponsáveis e desrespeitosos” do chefe de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o presidente Rodrigo Duterte neste sábado, alertando que tais observações podem estabelecer um precedente perigoso.
Os ataques de Duterte aos ativistas dos direitos humanos das Nações Unidas sugerem que ele precisa consultar um psiquiatra, disse o Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, em uma coletiva de imprensa na sexta-feira.
Os comentários de Zeid ocorreram após o Ministério da Justiça das Filipinas ter apresentado uma petição em um tribunal de Manila buscando listar mais de 600 supostos guerrilheiros comunistas e uma enviada especial da ONU como “terroristas”, um desdobramento noticiado em primeira mão pela Reuters.
A petição incluiu Victoria Tauli-Corpuz, nomeada em 2014 como enviada especial da ONU para os direitos dos povos indígenas, que foi listada como membro sênior do grupo rebelde maoísta do país.
Tauli-Corpuz considerou a queixa “sem fundamento, maliciosa e irresponsável”.
Zeid disse que os ataques de Duterte a enviados especiais da ONU não podem ficar sem resposta e o Conselho de Direitos Humanos da ONU deve tomar uma posição.
Ele disse que o líder filipino “precisa se submeter a algum tipo de avaliação psiquiátrica”.
O secretário de Relações Exteriores das Filipinas, Alan Peter Cayetano, disse: “as Filipinas consideram uma grave ofensa os comentários irresponsáveis e desrespeitosos do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos que lançaram calúnias contra o presidente da República das Filipinas.”