Por Neil Jerome Morales e Albee Zhang
PEQUIM/MANILA, 7 Ago (Reuters) - As Filipinas disseram à China que não abandonarão um posto disputado no Mar do Sul da China depois de acusar a guarda costeira chinesa de usar canhões de água e movimentos "perigosos" para impedir Manila de enviar suprimentos para suas tropas ocupando o recife.
Comparando o incidente de 5 de agosto a uma "situação de Davi contra Golias", Jonathan Malaya, um autoridade de alto escalão do Conselho de Segurança Nacional das Filipinas (NSC), disse que o aumento da presença da China no Second Thomas Shoal não impedirá a determinação das Filipinas de proteger sua posição lá.
"Nunca abandonaremos o Ayungin Shoal", disse Malaya, usando seu nome local, ao rejeitar o pedido da China para que Manila removesse seu navio de guerra do atol, que foi intencionalmente aterrado em 1999 para reforçar as reivindicações de soberania das Filipinas.
"Continuaremos a reabastecer as tropas no navio aterrado o tempo que for necessário", disse Malaya em coletiva de imprensa conjunta com os militares, a Guarda Costeira Filipina (PCG) e o Ministério das Relações Exteriores.
"É nosso direito levar o que for necessário para manter a estação e garantir que nossas tropas estejam devidamente abastecidas."
A China disse que havia dito anteriormente a Manila para não enviar navios ao posto e não enviar "materiais de construção usados para reparos e reforços em grande escala" ao navio de guerra depois de saber desse recente plano de abastecimento, informou a guarda costeira chinesa em comunicado na segunda-feira.
O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que a ação das Filipinas violou a soberania da China e a Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China.
A China reivindica soberania sobre quase todo o Mar do Sul da China, afirmação rejeitada internacionalmente, enquanto Malásia, Vietnã, Brunei, Taiwan e Filipinas têm várias reivindicações sobre certas áreas.
(Reportagem de Albee Zhang em Pequim e da Redação de Pequim, Farah Master em Hong Kong e Neil Jerome Morales em Manila)