Por Mikhail Flores e Neil Jerome Morales
MANILA (Reuters) - As Filipinas pediram à China na quarta-feira que evite ações que coloquem em risco marinheiros e embarcações no Mar do Sul da China, dizendo que a paz não pode ser alcançada se as palavras da China não corresponderem ao seu comportamento nas águas disputadas.
O Ministério das Relações Exteriores das Filipinas denunciou como "ilegais e agressivas" as ações da China durante uma missão de reabastecimento de rotina em 17 de junho, que, segundo os militares filipinos, feriu gravemente um marinheiro e danificou as embarcações de Manila.
"O departamento tem se esforçado para reconstruir um ambiente propício ao diálogo e às consultas com a China sobre o Mar do Sul da China", disse o ministério em um comunicado.
"Isso não pode ser alcançado se as palavras da China não corresponderem às suas ações nas águas."
Um marinheiro filipino sofreu ferimentos graves após o que seus militares descreveram como "colisão intencional de alta velocidade" pela guarda costeira chinesa na terça-feira, com o objetivo de interromper uma missão de reabastecimento para as tropas estacionadas no Second Thomas Shoal.
A Guarda Costeira da China contestou a declaração, dizendo que a embarcação de Manila se aproximou de forma deliberada e perigosa de um navio chinês de maneira não profissional, forçando-a a tomar medidas de controle.
A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, que inclui o Second Thomas Shoal, onde as Filipinas mantêm um navio de guerra, Sierra Madre, encalhado em 1999 para reforçar suas reivindicações de soberania, com uma pequena tripulação.