Por Gina Cherelus
(Reuters) - "Colette" não é um drama de época qualquer. Por baixo dos espartilhos e anáguas está uma história real sobre feminismo e política de gênero na virada do século 20 que é igualmente relevante hoje, disseram os criadores do filme.
"Colette", que estreia nos cinemas dos Estados Unidos na sexta-feira, conta a história da romancista francesa Sidonie-Gabrielle Colette (Keira Knightley), que se casa com o charmoso escritor mais velho Henry "Willy" Gauthier-Villars (Dominic West) e se muda do interior da França para Paris.
Ela concorda, sob pressão, em escrever pelo marido o que acaba se tornando um romance de grande sucesso. Mais tarde ela disputa a autoria do livro com ele, se divorcia e se envolve em um caso de amor gay chocante com a artista andrógina Mathilde "Missy" de Morny.
Keira, que já fez filmes históricos como "Orgulho e Preconceito" e "A Duquesa", disse ter ficado impressionada ao sentir como o enredo de "Colette" é atual. "As conversas que temos no filme sobre política de gênero e política sexual a respeito do feminismo ainda são exatamente as mesmas que estamos tendo hoje", disse a atriz britânica à Reuters.
"Existe algo de trágico que cem anos depois ainda estejamos falando nisso e ainda não o tenhamos resolvido", acrescentou.