Por David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta sexta-feira que seu comitê executivo adotou um processo "aberto, meritocrático e transparente" para selecionar, até 4 de outubro, um novo líder para substituir Christine Lagarde.
Em comunicado, o comitê do FMI não fez menção a potenciais candidatos específicos, mas disse que seu próximo líder pode vir de qualquer um dos países membros e deve ter um "histórico diferenciado" na formulação de políticas econômicas de alto nível.
O escolhido também terá de ter as habilidades diplomáticas e administrativas necessárias para comandar uma grande organização global.
Lagarde substituirá o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, em novembro. Na quinta-feira, ele se declarou candidato a liderar o FMI.
Em Bruxelas, uma autoridade francesa disse que os governos da União Europeia (UE) estão trabalhando para escolher um único candidato de uma lista que aumentou para cinco depois da inclusão da presidente-executiva do Banco Mundial, a búlgara Kristalina Georgieva, ex-autoridade sênior da UE.
Os outros nomes em discussão são Jeroen Dijsselbloem, ex-ministro das Finanças da Holanda; Nadia Calvino, ministra da Economia espanhola; Mario Centeno, ministro das Finanças de Portugal; e Olli Rehn, presidente do banco central da Finlândia, disse a autoridade.
Desde a sua fundação, no final da Segunda Guerra Mundial, o FMI foi liderado por europeus, e analistas dizem que a tradição deve continuar desta vez, dado o aparente apoio dos EUA a um candidato do continente.
O debate sobre a seleção europeia está sendo coordenado pela França, cujo ministro das Finanças, Bruno Le Maire, disse que queria uma decisão sobre um candidato europeu até o final de julho.
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, um canadense com passaportes irlandês e britânico, aparentemente está fora da disputa.