CABUL (Reuters) - As forças de segurança afegãs tiveram 2.531 combatentes mortos, além de 4.238 feridos, nos quatro primeiros meses deste ano, de acordo com dados divulgadas em um relatório do inspetor-geral especial para o Afeganistão, um funcionário do Congresso dos Estados Unidos.
Os números referentes ao período de 1º de janeiro a 8 de maio foram fornecidos pelo governo afegão às autoridades militares dos EUA e ficaram em linha com cifras do mesmo período do ano passado, disse o relatório.
Em um levantamento anterior feito em fevereiro, o inspetor-geral especial disse que ao menos 6.785 soldados e policiais afegãos foram mortos nos 10 primeiros meses de 2016.
Os números, que mostraram cerca de 20 soldados e policiais morrendo por dia, enfatizam o desafio da missão Apoio Resoluto, voltada ao treinamento e aconselhamento das forças afegas liderada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Os EUA devem enviar cerca de 4 mil tropas para reforçar a missão, mas ainda não anunciaram sua muito aguardada nova estratégia para a região.
Comandantes e autoridades dos EUA vêm alertando repetidamente que as forças afegãs estão sofrendo baixas insustentáveis do Taliban, em parte por causa de táticas que incluem uma dependência muito grande de postos de controle fixos vulneráveis.
Só na semana passada cerca de 30 soldados afegãos morreram em Kandahar, província do sul do país, quando seu posto de controle foi tomado por combatentes do Taliban.
Autoridades norte-americanas dizem que as tropas que defendem os postos de controle sofrem até 10 vezes mais baixas do que quando realizam operações ofensivas, mas têm tido dificuldade para persuadir os comandantes afegãos a reduzir seu uso, em parte porque políticos locais consideram estes postos necessários por serem sinais visíveis da presença do governo em áreas isoladas.
(Por James Mackenzie)