Por Maayan Lubell e Nidal al-Mughrabi
JERUSALÉM/GAZA (Reuters) - Os militares israelenses afirmaram neste sábado que estão investigando a aparente morte de uma enfermeira palestina por parte de suas tropas na sexta-feira durante protestos na fronteira de Gaza.
Autoridades de saúde e testemunhas disseram que as forças israelenses mataram Razan al-Najar, de 21 anos, uma voluntária, enquanto ela corria em direção à fronteira, a leste da cidade de Khan Younis, em Gaza, na tentativa de chegar a uma vítima.
As forças israelenses disseram que militantes palestinos atacaram suas tropas ao longo da fronteira com tiros e uma granada.
Em uma nota por escrito neste sábado, os militares afirmaram que investigariam a morte de al-Najar.
Milhares compareceram ao funeral de al-Najar em Gaza no sábado, incluindo algumas que ela havia tratado quando foram feridas em protestos anteriores na fronteira. Seu corpo estava envolto em uma bandeira palestina e foi levado pelas ruas em uma maca pelas pessoas.
"Com nossas almas e sangue, nós a redimimos como mártir Razan", gritavam os palestinos, enquanto o corpo era levado a sua casa para uma última despedida antes do enterro.
Moradores disseram que al-Najar era uma figura popular nos locais de protesto, e fotos que a representavam como um anjo circularam nas redes sociais palestinas.
Sua morte elevou para 119 o número de palestinos mortos em manifestações semanais lançadas em 30 de março na Faixa de Gaza, um enclave controlado pelo grupo islâmico Hamas e sujeito há tempos a embargos israelenses e egípcios.