BRUXELAS (Reuters) - Uma coalizão de tropas lideradas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão deixará o país em coordenação com um plano de retirada dos Estados Unidos até 11 de setembro, disse o principal diplomata de Washington nesta quarta-feira, antes de um anúncio formal do fim de duas décadas de combates.
Cerca de 7 mil militares, principalmente de países da Otan que não os EUA, mas também de Austrália, Nova Zelândia e Geórgia, superam as tropas norte-americanas de 2.500 efetivos no Afeganistão, mas ainda dependem de apoio aéreo, planejamento e liderança dos EUA para sua missão de treinamento.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse em Bruxelas que é hora de os aliados da Otan cumprirem o mantra segundo o qual foram ao Afeganistão juntos e partirão juntos.
"Estou aqui para trabalhar estreitamente com nossos aliados, com o secretário-geral (da Otan), com base no princípio que estabelecemos desde o início: chegar juntos, nos adaptar juntos e sair juntos", disse Blinken em um pronunciamento televisionado na sede da Otan.
"Trabalharemos muito estreitamente nos meses à frente em uma retirada segura, ponderada e coordenada de nossas forças do Afeganistão", disse Blinken ao lado do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
Ministros das Relações Exteriores e da Defesa da Otan debaterão seus planos ainda nesta quarta-feira por videoconferência. Um diplomata graduado da entidade disse à Reuters que não se espera que nenhum aliado se oponha ao anúncio formal do presidente dos EUA, Joe Biden, esperado ainda nesta quarta-feira.
(Por Robin Emmott)