Por Ulf Laessing e Admed Lumani
TRÍPOLI (Reuters) - Uma ofensiva de forças do leste contra a capital da Líbia, Trípoli, foi estagnada nesta quinta-feira devido a uma forte resistência ao sul da cidade, e o governo internacionalmente reconhecido do país disse ter feito quase 200 prisioneiros.
O combate entre o Exército Nacional Líbio (LNA), de Khalifa Haftar, e tropas do governo internacionalmente apoiado de Trípoli deixou ao menos 56 mortos e forçou 8 mil pessoas a fugirem de suas casas na cidade na última semana, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Um repórter da Reuters ouviu ocasionais fortes tiros e explosões à medida que o LNA enfrentava forças do primeiro-ministro, Fayez al-Serraj, ao redor de um ex-aeroporto internacional fora de uso e do distrito de Ain Zara.
Após subir do sul do país, o LNA ficou preso nos subúrbios de Trípoli, cerca de 11 quilômetros do centro da cidade.
Mais de 190 tropas do LNA foram capturadas, disseram autoridades aliadas a Trípoli, acusando a organização de utilizar adolescentes. Um total de 116 combatentes foi capturado em Zawiya, uma cidade a oeste de Trípoli, e mais 75 foram presos em Ain Zara, nas redondezas sul da capital, disseram autoridades.
A ofensiva de Haftar contra Trípoli, no noroeste da Líbia, é a mais recente jogada em um ciclo de violência e caos faccionário no país desde a revolta de 2011 que depôs o ditador Muammar Gaddafi.
A União Europeia pediu que as forças do LNA acabem com sua ofensiva, finalmente concordando com uma declaração, depois que a França e a Itália discutiram sobre como lidar com o crescente conflito.